“E NO SÉTIMO DIA DEUS CRIOU” – Peculiar

Peculiar apresenta E NO SÉTIMO DIA DEUS CRIOU, o seu segundo EP. Uma obra onde a mitologia popular portuguesa se entrelaça com o sagrado, criando pontes entre o divino e o terreno.

Aqui, contos ancestrais ganham nova vida em experiências sonoras contemporâneas, revelando que o fantástico, o estranho e o espiritual continuam a habitar o quotidiano, disfarçados nas histórias que vivemos e nas sombras que enfrentamos.

A viagem inicia-se com “Mão Morta”, onde a Morte surge não como fim, mas como guardiã do ciclo, libertando espaço para o nascimento e para a renovação. Um tema que reflete sobre a finitude como essência do próprio sentido de existir.

Em “Adamastor’”, a figura mítica torna-se espelho das tempestades internas e da coragem de resistir aos medos que nos assombram, num grito de força e humanidade.

Segue-se “João Pestana”, mergulho nas fronteiras entre sonho e realidade, onde a infância e a inquietação criativa se confundem num estado de vigília poética. Daqui, o percurso conduz-nos a “Vampiros”, uma reinterpretação contemporânea da canção de Zeca Afonso, que mantém a sua crítica social e política viva, transformando a denúncia da exploração em pulsação pop e poesia combativa.

Em “Moura”, a mítica Moura Encantada renasce como símbolo do amor impossível — de quem tenta salvar o que não quer ser salvo, e encontra coragem para seguir adiante. O tema mistura pop moderno com influências de funk e R&B, espelhando a dualidade entre sedução e libertação.

“Lobisomem”, em colaboração com 10/16, conjuga fado macabro e modernidade urbana, transformando a lenda num hino à aceitação e à liberdade interior.

O fecho chega com “Deus”, parceria com Berlok, onde fé e criação se confundem. Entre o silêncio e o grito, a canção abre espaço à contemplação e celebra a estranheza que nos torna únicos, como se o divino habitasse o próprio ato de criar.

E NO SÉTIMO DIA DEUS CRIOU está disponível em todas as plataformas digitais.

Uma viagem onde o sagrado se encontra com o humano, e a música se faz ritual — entre o mito, o som e o silêncio.

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